Esse tempo de ociosidade que tenho vivido tem servido pra me mostrar coisas sobre mim que até então não percebia. Tenho umas manias bem ruins. Uma delas é comentar coisas óbvias. As pessoas deveriam aprender a gostar do silêncio e aproveitá-lo para pensar e não ficar fazendo comentários desnecessários.
Cheguei em São Paulo com minha irmã no dia 21/09, André e meu cunhado Rico (Rico é seu apelido, não que eu tenha um cunhado rico e outro pobre), foram nos buscar na estação de trem do Morumbi. Quando saímos da estação notei que o asfalto estava bem molhado e havia um resto de enxurrada no meio fio. Não pensei duas vezes e soltei: nossa, choveu bastante aqui, né? As pessoas sem opção, apenas responderam: aham. Como se não bastasse, soltei um segundo comentário: mas agora parou, né? Nossa Leila, que gênia, como se ninguém tivesse percebido que não estava mais caindo uma precipitação pluviométrica.
Outra mania que preciso corrigir urgentemente é a de pensar alto. Tem coisas que minha distração, falta de atenção e sei lá mais o quê, fazem com que eu viaje em idéias sem nexo. Sabe aquele comercial da Veet que passa na FOX e na WARNER? Não? Bem, em suma o comercial diz que Veet é melhor porque é feito de cera de abelhas. A meses vejo esse comercial, sempre os imaginei atacando as abelhas, assassinando-as, jogando numa mistura química e fazendo a tal cera de abelhas. Pergunto-me: por que??? Meu Deus, por que pensava isso??? Não me julgo uma pessoa inteiramente burra. Enfim, na sexta passada, estávamos na sala assistindo "Os Infiltrados" na Warner, teve uns 50 e 10 comerciais (mais ou menos), e em todos passou o da tal cera Veet, lá pela centésima vez seguida que o assisti, soltei: ah! Entendi, é a cera que as abelhas produzem nas colméias para fazerem o mel!!!
(Um minuto de silêncio com todos se olhando na sala: Leila olha pro André, que olha pro Rico que olha pra Leli que volta a Leila.)
E todos: meu Deus Leila, como assim? O que você imaginava?
Leila: Preciso parar de pensar alto, ninguém precisava saber das insanidades que pensava sobre a cera de abelha.
Claro que isso virou piada até quando nos despedimos ontem e talvez seja pro resto da vida. Rico criou várias teorias baseadas na minha imaginação fértil e desnorteada, mas que não convém contá-las, isso já está bastante degradante e humilhante.
Espero que nos próximos meses que virão, eu consiga consertar aos poucos essas e outras manias. Que Deus me ajude!
Um comentário:
Po, conta as teorias aí... o povo quer saber :P
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