quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dias atrás, uma pessoa querida me disse que tinha guardado uma escova de dentes pra mim e fiquei super feliz, afinal, não é uma escova qualquer, é uma anti-bacteriana dificílima de encontrar, já procurei e não encontrei.

Tá, tem razão, não deixa de ser só uma escova de dentes, mas porque fiquei tão feliz?

Fiquei feliz porque quando gosto de alguém de forma especial, qualquer atitude dela, por mais simples que seja, empolga-me! Não preciso de grandes presentes e grandes declarações pra sentir que sou importante. Até um bilhete romântico num guardanapo sujo de gordura me satisfaz.

Na verdade, sou conquistada com pequenas coisas, aquelas que a pessoa faz sem perceber e com simplicidade.  Lembro-me de um namorado que tive. De vez em quando ele me levava pão de mel que a mãe de um colega dele fazia pra vender. Nossa, aquilo me deixava radiante e marcou de um jeito que vou lembrar desse ato pro resto da vida ou um bom tanto dela, já que minha memória não é lá essas coisas.

A vida é feita de coisas simples... 

O verdadeiro elogio não é aquele que você recebe num dia de festa, toda produzida e maquiada. É aquele que recebe vestida de moleton, cabelos espetados e unhas por fazer. Ou, aquele que recebe em meio a uma crise de choro, com os olhos vermelhos e inchados. Nesses momentos ser surpreendida com um "nossa, como você é linda" é encantador.

Papai costuma dizer que se não damos valor ao "pouco", também não daremos ao "muito". Concordo com ele.  Se alguém não consegue perceber e valorizar simples atitudes, porém carinhosas, é porque provavelmente ele só enxerga atitudes e não a pessoa e os sentimentos que estão por trás delas. Não importa  quem traga a lua, importante é que a traga. É dessa forma que seleciona as pessoas a sua volta, sempre movido ao interesse de quem pode oferecer mais.


Que jeito mesquinho e vazio de ser!

Sinto-me muito mais humana ao ficar feliz porque ganhei uma escova de dentes nova (ufa), foi a mesma coisa que me dizer: Leila, comprei um colar de diamantes e guardei pra te entregar no dia que nos vermos.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Costumo dizer que se você tem dúvida do quanto uma pessoa é importante, basta imaginar como seria se ela morresse. Se caso não consiga nem imaginar, de fato, ela é importante.

As pessoas importantes presentes em nossas vidas merecem todo nosso zelo, elas não estão presentes por acaso. Estão, porque são fundamentais, tem a responsabilidade de fazer nossos dias melhores, de trazer maior significado as nossas vidas e tornar nossa felicidade possível.

Ninguém é plenamente feliz por si só. Se alguém que conhece afirma que é, pode saber que ele é o mais amargo dos seres.

Prezo muito pelas pessoas que amo, a ponto de sentir suas dores, suas alegrias e seus feitos como se fossem meus. Vivo como se amanhã não fosse mais estar com elas. Não passo vontade de dizer, fazer e sentir, talvez essa seja a última oportunidade que tenha para isso.

A vida é tão frágil e bela para perdermos tempos com coisas incertas, infelizes e sem significado. Temos somente o agora como certo, tire dele o melhor proveito possível. Não durma com vontade de dizer a alguém que o ama, ou que o perdoa, ou que deseja perdão.

Se ainda acha que isso não é importante, pense em todas as pessoas que ama, em seguida, o que elas lembrariam ao seu respeito caso morresse amanhã. Qual é a última lembrança que está deixando a cada uma? Por mais difícil que seja, não deixe que nenhuma seja ruim, se tiver, não espere um só segundo para contorná-las. 


Pensar dessa forma não é aterrorizante, nem pessimista. É, na minha concepção, a melhor maneira de sentir-se sempre leve. Tente! Ninguém vive pra sempre e saber da hora da morte é um privilégio de poucos.

sábado, 16 de outubro de 2010

Tenho uma memória terrível, a cada dia que passa ela consegue ficar pior. Essa semana, fui ver uma velha amiga do tempo do colégio e percebi que esqueci muita coisa daquela época (2002-2005). A parte mais chata era a insistência dela pra que lembrasse de algo que não me lembro o que era. Ela citou inúmeras situações que me deixaram mais desesperada ainda, já que nada me vinha a lembrança.


Eu tinha um diário na minha adolescência. Escrevia tudo que acontecia e dava um jeito de escrever até o que não acontecia. Dias felizes, dissabores, desilusões, paixões, enfim... Tudo que passava no meu coração está nele registrado.

Relendo-o descobri que no dia 03/03/2001, fui pra um acampamento, uma semana antes de voltar a morar no Paraná, na época morávamos em Campinas, SP. O que mais me impressionou foi que no dia 11/09/2001, eu mandei uma telemensagem romântica pra um tal de Edenilson. Não faço idéia do conteúdo da mensagem, muito menos quem é esse tal de Edenilson... E gente, eu já mandei uma telemensagem pra alguém, como cheguei a esse nível de desespero??

Diante disso, perguntei-me, então, por que parei de relatar minha vida num diário e quando fazia isso, por que não incluí fotos, pois tem muita coisa que mesmo lendo não me vem a memória. Estou muito preocupada, corro o risco de chegar a velhice e não lembrar da existência desse blog, por exemplo, ou da sua amigo querido, que lê isso agora.


E se você, Edenilson, ler esse post, por favor entre em contato e me ajude a lembrar do conteúdo da telemensagem (por favor, que seja um soneto de Vinícius de Moraes pra eu não me sentir tão mal).

domingo, 10 de outubro de 2010

Mês de outubro, além de ser o mês em que escolhemos novos líderes políticos, é também o mês das festas a fantasia, Oktoberfest e outras festas tradicionais alemãs que não lembro o nome. Nunca fui numa Oktoberfest e nem a uma festa a fantasia decente. Lembro de uma que fui com a Leli, Rico, Mandy e Felipe. Só soubemos que era a fantasia quando chegamos lá, ou seja, estávamos fantasiados de nós mesmos.

Analisando as grandes festas que acontecem, como a Metamorfose de Londrina, a Nitromorfose em Maringá, umas das maiores do Brasil, percebo a criatividade, ou não, das pessoas pra fantasia.

Sempre que penso em fantasia, imagino-me vestindo roupas da Cinderela, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, etc. Mas isso não tem nada a ver com o que as mulheres usam pra ir a essas festas. Elas inventam coisas pra explicitarem as curvas do corpo e mostrarem seus decotes. Isso me confunde bastante. Abaixo um exemplo. Isso seria uma fantasia pra ir numa festa??? Não sei, aí nessas horas penso que não nasci pra essas coisas, definitivamente. E juro que não é mágoa por não ter as mesmas proporções na região do busto, apenas acredito que as mulheres hoje em dia chamam atenção pra sí de maneiras erradas.


Eu ainda quero ir a uma festa a fantasia, vou vestida de Link (The legend of Zelda). Mulheres como acima e homens seguidores delas, provavelmente, nem saberiam o que eu estaria vestido, também achariam feio e não se aproximariam, ou seja, perfeito!!! Só chegariam perto pessoas excêntricas como eu.
(Não é uma gracinha??)


Agora, falando da Oktoberfest, acho que vou ofender bastante gente. Desculpem, mas acho uma festa infestada por bêbados incapazes de reconhecerem seus limites e dos demais presentes, expõem-se em situações ridículas e o pior de tudo: acham isso divertido. Eles não sentem vergonha, chegam expor seu grau de alcoolismo em sites de relacionamentos e youtube. Abaixo um link de um vídeo, dentre milhares que podem ser encontrados no youtube. Duas perguntas me vem a cabeça: não era pra ser uma festa para apreciação da cultura alemã? Qual o conceito de diversão dos jovens de hoje em dia?
Ok. Confesso que já passei dos limites com bebida algumas vezes na minha vida. Acredito que seja por isso que acho tudo tão deprimente e sem sentido. Pra mim, divertido é andar de montanha russa e jogar "The legend of Zelda". Desculpas a quem discorde do meu ponto de vista, é minha opinião. Também tenho a opinião de que as pessoas devem fazer aquilo que as fazem felizes, se encher a cara até não aguentar com as pernas e expôr o corpo tráz, de alguma forma, essa felicidade, eu respeito.