quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Sempre que leio um livro, assisto um filme ou uma série, tenho o hábito de procurar o personagem que mais se parece comigo. Quando comecei a assistir How I Met Your Mother não foi diferente, apenas errei de personagem no início. Acredito que até meus amigos, quando assistimos os primeiros episódios juntos, viram muito de mim no Ted Mosby. 

Pra quem nunca assistiu a série e não ficar "boiando", Ted é um homem que sonha em construir uma vida perfeita, com a parceira dos sonhos, ter filhos perfeitos, viver em uma casa perfeita, ser um profissional de destaque na sua área, sendo um tanto utópico e romântico demais.

Hoje, assistindo a sétima temporada, ví que não tenho nada do Ted. Talvez pensei ser ele porque sou a única que restou solteira entre meus amigos mais próximos e na minha família. Mas pensando bem, não sou a pessoa mais romântica do mundo por ser muito realista, quando penso em filhos lembro que tenho que abrir mão da minha liberdade e de boa parte da minha vida em função deles e já não faço questão da maternidade, não guardo sonhos ou expectativas com relação ao meu futuro parceiro com quem dividirei minha vida, como por exemplo, entrar em uma igreja vestida de noiva e blá, blá, bla,.. 

Vivo em busca de minha realização profissional e o meu maior desafio é viver longe das pessoas que amo: sou a Robin.

A Robin é uma mulher com dificuldades em se firmar em um relacionamento, que não prioriza casamento e tampouco a maternidade. Parece uma descrição de uma pessoa fria e sem graça, mas não... Ela é o porto seguro de todos os amigos. Não se conforma em não estar no emprego dos sonhos e está sempre buscando ter o lugar que como profissional ela acredita merecer. É confusa, mas é intensa quanto aos sentimentos e quando o bicho pega, não tem medo de mostrar sua fragilidade, mesmo sendo uma rocha. 

Por ser uma personagem de uma série, lógico que Robin terá seu final feliz. Como eu também terei. Viajarei para muitos lugares, conquistarei meu lugar no mercado de trabalho, mas talvez nunca conheça o homem que se encaixe as minhas loucuras, o que não importa, não importa também que nunca venha ter um filho. Eu sei, que apesar disso, nunca estarei sozinha ou sem alguém pra me dar calor. No final, é só isso que importa.

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