quinta-feira, 26 de maio de 2011

Eu tive uma experiência de quase morte e preciso compartilhar com todos vocês.

Antes de contá-la, gostaria de ressaltar que é impressionante como conseguimos pensar mil coisas ao mesmo tempo quando achamos que estamos a beira da morte. A maioria não tem muito nexo, pelo menos as minhas. (Lembrando que 90% das coisas que eu penso não tem nexo, independente do momento).

Agora, indo direto ao acontecimento: era uma bela quarta-feira de sol, véspera do meu aniversário. Pela manhã fui num debate da Ernst Young no Bourbon com a minha chefe e quando encerrou decidimos almoçar juntas na Kauf. Chegando lá, a Cintia (minha chefe) escolheu uma mesa lá no cantinho, debaixo do mezanino, parecia um lugar agradável. Em seguida, chegou o nosso diretor que sentou pra almoçar com a gente e a companhia se fez mais agradável. A conversa animada, a comida saborosa, estava tudo perfeito até então.

Já havíamos terminado de comer e estávamos prestes a pedir a conta pra voltarmos ao trabalho, apenas esperando nosso diretor concluir um assunto. Enquanto ele falava, comecei olhar pra cima e perceber que o teto de gesso "meio" que estava rachando, até consegui ouvir ruídos. Pensei em entrar debaixo da mesa e ao mesmo tempo pensei que poderia ser impressão minha, assim, ficaria muito feio eu me esconder do nada debaixo da mesa. Esse raciocínio todo aconteceu em, no máximo, 10 segundos, quando conclui que poderia ser impressão, o gesso desabou na minha cabeça para provar o contrário. Não estou exagerando, eu fui a única atingida em cheio pelo gesso.

Quando o gesso caiu, a sensação que tive era de que tudo estava vindo abaixo, o mezanino inteiro e mais as pessoas que almoçavam em cima dele. Pensei que ía morrer, JURO! Sem exagero algum. Meu susto foi tão grande que nem consegui gritar ou correr. Quando me dei por conta, meu diretor estava a uns 2 metros de distância da mesa (pra quem joga RPG: ele tirou 20 no dado fazendo o teste de observar, e mais 20 no teste reflexo, e eu tirei 8 no observar e 0 no reflexo) e minha chefe segurava a minha mão. Por alguns momentos pensei que quando abrisse o olho estaria no céu ou inferno, mas não... estava viva pra contar a história, apenas com uns 4 galos na cabeça, pois na hora do desabamento, em vez de usar as mãos para proteger minha cabeça, preferi proteger meu óculos de sol, meu Rauph Lauren que comprei não tem 6 meses. Minha chefe não teve a mesma sorte, ela preferiu segurar a minha mão e o Ray Ban dela ficou todo riscado.

Além de descobrir que sou muito materialista, descobri também que a Kauf não considera seus clientes. Mesmo sabendo onde trabalho e até tendo meu telefone, nem ligaram pra saber se estava viva ou se entrei em coma segundos depois, tampouco pra me cobrar a conta que deixei de pagar na hora do desespero. Mas aí lembrei que estou em Curitiba e aqui tanto faz se você está vivo ou morto.

O que importa é que no final da história Leila e Rauph Lauren passam bem!

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