sábado, 25 de outubro de 2014

Que título eu coloco?

Sempre tive dificuldades em escolher um lado político. Nunca me considerei uma pessoa de direita e tive muito próximo da esquerda quando o ex-presidente Lula ganhou sua primeira eleição em 2002. Naquela época pensei: é a primeira vez que um presidente de esquerda com histórico de lutas contra a ditadura, melhores direitos dos trabalhadores e tantos outros movimentos sociais vai assumir a liderança no nosso Estado. Senti-me confiante de que isso poderia mudar o rumo de muita coisa.

Porém, eu e muitos outros tantos brasileiros nos desapontamos quando o mensalão veio a tona. Não importa que isso era uma prática constante de outros lideres de Estado, o Lula era o líder da esquerda, o representante da classe dos trabalhadores, dos mais desabonados. Meu desapontamento se tornou muito maior quando em 2008, diante de uma crise tremenda no mundo todo, empresas no Brasil desesperadas com um índice de endividamento bilionário da noite para o dia, e a postura do nosso então presidente foi dizer que o Brasil estava bem diante da crise, que o Corinthians, seu time do coração, estava bem e que tudo não passava de uma "marolinha".

PASMEI!

Na época, vi empresas desesperadas com seu fluxo de caixa totalmente prejudicado por conta da variação do dólar, vendo-se em situação de total risco de falência. Acompanhei grandes grupos empresariais brasileiros acabarem, os que não "quebraram" se fundiram, desfizeram-se dos seus ativos, reestruturaram-se societariamente, apenas para sobreviverem. Muitos deles convivem até hoje com um alto nível de endividamento e ainda encontram-se em estado financeiro delicado. Não sei se minha percepção que é baixa, mas essa tal de "marolinha" se tornou um tsunami que até hoje convivemos e o governo do PT insiste em dizer que estamos bem.

Voltando ao presente, o período de campanha eleitoral aberto, escândalos de desvios de dinheiro da Petrobras na mídia a todo vapor, julgamento do mensalão ainda vivo na memória de todos, onde, para mim, ficou claro que o PT é composto por BANDIDOS e se a esquerda é representada por esse tipo de gente, nunca serei de esquerda. Como se ainda não bastasse, também o PSDB envolvido no mesmo escândalo da Petro, ficando claro que são todos farinha do mesmo saco, então nunca serei de direita, quem o povo coloca no segundo turno: os dois grandes bandidos do momento.

Hoje estamos quebrados. Os grandes grupos continuam endividados, pensando em formas de se livrarem da marolinha do Lula. Temos também as prefeituras endividadas por conta das obras da Copa, os estados mais ricos do país sem recursos e também endividados. E nosso atual governo se recusa a abrir o jogo e deixar transparente para todos que não estamos diferentes de outros países em crise e que precisamos sim entrar em estado de alerta.

Analisando todo esse cenário, tendo que escolher entre dois bandidos, acabei decidindo pela direita. Pelo menos saberei a situação real em que se encontra o Brasil e não vou ficar mais 4 anos sendo enganada em alguns aspectos. Claro que serei em outros, mas por hora, acredito que uma nova gestão pode levar as pessoas a saírem desse estado letárgico em que se encontram.

quarta-feira, 12 de março de 2014

A vida adulta é uma sequência de decepções, talvez essa sequência comece um pouco antes, quando descobrimos que papai noel não existe. Ultimamente, muita coisa tem me desapontado, a ponto de pensar que talvez a ignorância me faça mais feliz do que o conhecimento em determinados assuntos.

Pra mim, as maiores decepções foi descobrir que a cera de abelha não era feita de abelha e que os mineiros não eram de Minas Gerais, como se não bastasse o trauma dessas duas constatações, essas últimas semanas fiz mais umas que poderia ter deixado passar...

Quem me conhece sabe que a única bebida alcoólica que aprecio é a cerveja. Pois bem, bebia e pensava: o mais puro malte, que delícia! Em uma integração pra assumir meu novo emprego, o rapaz fala que as cervejas no Brasil não sao 100% malte. Agora pergunto: por quê? Por que contar uma coisa dessas as pessoas assim do nada? Foi como destruir um sonho...

Quem me conhece sabe que tento me alimentar saudavelmente, mesmo que um dia ou outro eu pise nos tomates. Tinha orgulho em dizer: só como pão integral! Aí, em um domingo a noite qualquer, você está de bobeira no facebook e vê que alguém compartilha que os pães integrais no Brasil não são 100% também, que pode chegar a ter somente 30% de grão integral e o resto é o trigo branquinho enriquecido de ácido fólico. Nessa hora minha raiva foi grande, porque se soubesse disso teria comigo pão francês que sem o miolo é menos calórico e muito mais gostoso. Quase chorei, foi demais para mim.

Quem me conhece sabe que gosto de academia, pode não parecer, mas gosto! Nunca entendi nada de aparelhos de musculação, pra mim, tinha umas academias que tinha uns aparelhos mais "leves" que outras e pronto. Mas aí, devido a um grande amigo que montou uma academia com outro amigo, passei a saber superficialmente do quão importante são os aparelhos na hora do treino e quais as principais linhas. Desnecessário saber isso. Depois de conhecer uma academia com uma linha bacana, você não vai engolir qualquer coisa "meia boca" depois disso, nada mais te agrada, não importa que seja metade do preço, você vai sonhar com aquela que tem os aparelhos mais bonitos e ergonômicos, sejam da One ou Rigueto. Como saber disso me deu trabalho ao escolher uma academia, no final, quem chorou foi meu bolso.

Agora, que o banho de lua nada tem a ver com a lua foi fácil, quero ver o que mais posso descobrir, alguma coisa semelhante ao fato de que água de coco pode não vir do coco. Mas ainda não me conformo da cera de abelhas não ser de abelhas e dos mineiros nem sequer conhecerem Minas Gerais. Absurdo!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

"Durmo, remoto; sonho, diferente,
Meu coração, ansioso e pressuroso,
Foi entalado num comboio entre
Os dois vagões do meu destino ocioso."


Sábias palavras de Fernando Pessoa, assinada pelo seu heteronômio Álvaro de Campos, que resumem a guerra de sentimentos internos que tenho vivido em apenas 4 versos. Não é de ontem, de semana passada ou mês passado, é de alguns meses que minha vida tem pedido uma pausa. Talvez eu seja fraca demais para aceitar que as coisas não são como gostaria que fossem, ou talvez eu seja corajosa o bastante para jogar tudo pro alto, simplesmente pra me colocar a disposição do que a vida tem para mim, porque talvez eu tenha ignorado seus sinais nos últimos meses.

É impressionante como a vida judia e sempre nos obriga abrir mão de uma coisa para oferecer outras...

Curitiba sorriu para mim e me acolheu desde o primeiro momento que coloquei meus pés aqui pensando que algumas horas depois voltaria para casa, mas ela não me deixou ir embora e continua relutante a me deixar ir. Conheci tantas pessoas incríveis nessa cidade. Pessoas de coração enorme e acolhedoras, profissionais brilhantes e que me servirão de inspiração para o resto da minha vida. Tive as melhores experiências aqui, a tal ponto que o "mais ou menos" não me basta. Aprendi a saborear o melhor da vida e descobri meu potencial como pessoa e como profissional. Curitiba me fez ver que não dá pra se acomodar e que basta uma inquietude para uma reviravolta.

Se está doendo? Está, com certeza! Mas é uma dor boa de sentir, sinal de que fiz as coisas certas ao ponto de ver que pessoas me farão falta e que farei falta para algumas também.

Talvez isso não seja uma despedida, seja um "até breve", mas estou pronta e aberta para as duas possibilidades.

As pessoas queridas que convivi aqui, digo: não tenham dúvidas que sentirei saudades. Em especial, a todos da equipe de Tributos Diretos da Votorantim, pessoas que me afeiçoei em tão pouco tempo, com as quais aprendi a ser alguém melhor. Agradeço a vocês, de todo o meu coração, pela acolhida, pelo respeito e confiança que me deram, por me assistirem com atenção em horas tediosas de treinamento, escutando minha voz fina e irritante, seja pela amizade ou pelo interesse, meu mais sincero OBRIGADA! Vocês todos conquistaram um espaço especial em meu coração. Contem sempre comigo!

Dessa nova fase, não sei o que esperar, tampouco o que me espera... Só posso arregaçar as mangas e pedir que venha! De tudo que vivi até aqui, foi um aprendizado e fundamental para encarar o que está por vir.

Sucesso a todos nós!